A primeira passagem só de ida a gente nunca esquece…

Oi, tudo bem?

Pra quem não me conhece, meu nome é Raquel Helen. Talvez você provavelmente me conheça, ou não, mas vamos lá.

Recebi esse nome porque minha mãe estava grávida de mim, e uma das melhores amigas dela se chamava Raquel. Essa, por sua vez, tinha uma filha que se chamava Helen. Voilá, a fórmula perfeita para um nome composto. Sou grata por não ter sido uma combinação mais exótica tipo Joaquina Vanderléia. Risos.

Talvez eu escreva da forma como falo, mas certamente não falo como escrevo. Sim, às vezes sou prolixa e abro ( ) que às vezes não fecho. Confie no processo e continue lendo, se achar que vale a pena. ;)

Nasci em Belo Horizonte, em 1991. Acho que se alguém tivesse me dito que aos meus 25 anos eu daria início à minha “carreira de sucesso” em São Paulo uns 10 anos atrás, eu provavelmente não acreditaria. E cá estou, no avesso do avesso do avesso do avesso.

Sempre fui uma criança precoce, perguntadeira e ativa. Ser caçula e ter amigos mais velhos me influenciou bastante, além de ter sempre o nariz entre os livros… comecei a viajar para longas jornadas ainda na adolescência e já estive em conferências, além de trabalhar e estudar nos Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, França, Gana e Canadá.

Mas nunca na vida eu tinha comprado uma passagem só de ida. E é aí que tá.

Eu sou caseira, mineira com todo orgulho, super família e tals. As escolhas acadêmicas e profissionais que fiz me levaram a uma jornada de expansão, deslocamento, viagens, entre outros. E eu intencionalmente me coloquei em situações e oportunidades que potencializavam isso.

Mas, entretanto, contudo, todavia…

…eu sempre voltei para casa. Mesmo depois de terminar a faculdade nos EUA, eu voltei pra casa.

Mas não dessa vez.

Há pouco mais de um mês eu me vi atrás de um balcão respondendo à seguinte pergunta: E a passagem é só de ida?

Engoli seco e respondi: É sim.

Minha família e alguns amigos mais próximos sabem que tive pouco mais de um mês entre receber uma proposta, me mudar e começar no emprego novo. Peço desculpas caso alguém tenha se sentido “o último a saber” quando atualizei minha cidade pra São Paulo no Facebook.

Mas no fundo essa transição rápida me trouxe algum conforto. Conforto por saber que a tecnologia nos conecta de diversas formas. Conforto por estar vivendo uma fase em que se confirma a premissa de que lar é onde nosso coração está. Conforto por saber que eu sempre poderei comprar uma passagem pra qualquer lugar.

Às vezes ela pode ser só de ida. Mas tudo bem também.

P.S.: Sempre quis ser blogueira, mas nunca achei tempo/ incentivo. Tenho muito menos tempo agora, mas muito mais incentivo. :) Então tentarei escrever por aqui sempre que puder, pra contar minhas crônicas cotidianas e abrir uma janela da minha alma pro mundo.

Um beijo e obrigada por ler! :)